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Inteligência Artificial na seleção de pessoas com deficiência: será mesmo um bom caminho?

Inteligência Artificial na seleção de pessoas com deficiência: será mesmo um bom caminho?

As soluções de contratação baseadas em IA estão revolucionando a forma como as empresas contratam pessoas com deficiência.

Ao abrir o editor de texto, minha intenção era escrever um artigo sobre o uso de inteligência artificial em processos seletivos para pessoas com deficiência. Em um primeiro momento, iria usar como referência a minha experiência de vida, estudos feitos pela equipe da Bigland.co e referências mais recentes que tive como candidato. Faria isso sem uso de inteligência artificial.

Por curiosidade, abri a ferramenta do ChatGPT e digitei: “Faça um comentário sobre o uso de inteligência artificial em processos seletivos para pessoas com deficiência”. A resposta que recebi da Inteligência Artificial foi a seguinte:

“O uso da inteligência artificial em processos seletivos para pessoas com deficiência pode ser uma ferramenta valiosa para promover a igualdade de oportunidades e a inclusão no local de trabalho. Por exemplo, a IA pode ser usada para ajudar a identificar as habilidades e competências dos candidatos com deficiência, independentemente de suas limitações físicas ou sensoriais. Além disso, a IA também pode ser usada para ajudar a remover barreiras de acesso, como o uso de tecnologias de leitura de tela ou reconhecimento de fala para ajudar a realizar entrevistas e testes.

No entanto, é importante garantir que a tecnologia seja usada de forma responsável e ética. É preciso evitar algoritmos que perpetuem a discriminação ou barreiras de acesso, e garantir que os dados e as informações utilizadas sejam precisas e representativas da diversidade da população. Além disso, é importante envolver os usuários com deficiência e as organizações da sociedade civil em todas as etapas do desenvolvimento e implementação da tecnologia, a fim de garantir que suas necessidades e perspectivas sejam adequadamente consideradas”.

Além do texto estar bem escrito, o ponto de vista é interessante também. Devo dizer que eu concordo com as ponderações que a inteligência artificial trouxe. Realmente, o uso de ferramentas que têm como base essencial dados e algoritmos, traz uma possibilidade mais concreta de avaliações iniciais objetivas, sem espaço para conjecturas relacionadas às características de uma deficiência.

Além disso, a IA traz ainda uma relação entre deficiência e o uso de tecnologia assistiva. Surpreendentemente, ao final, há um posicionamento de equilíbrio e reflexão sobre o uso de algoritmos de forma ética e sem reforço de discriminação, ou crenças dos nossos vieses inconscientes e a abertura para a participação de pessoas com deficiência na construção de ferramentas e soluções nesse campo.

Tudo isso é ótimo e faz sentido. Mesmo assim, há um elemento faltante e essencial para a inclusão de pessoas com deficiência: a empatia e capacidade de improviso. O uso de inteligência artificial não garante, de maneira alguma, um processo seletivo livre de capacitismo.

Reconheço que a pergunta que eu fiz ao bot foi ampla e sem profundidade.Não inseri dados específicos sobre uma deficiência pontual, por exemplo. E para mim é aí que o capacitismo da inteligência artificial pode aparecer (estou mais curioso, que isso soe).

Eu tenho uma deficiência física, congênita e o nome do meu quadro é paralisia cerebral. Eu sei o meu CID e posso inserir essa informação para análise. Essa análise terá base em informações científicas sobre o meu quadro e muito do que a literatura pode oferecer.

Mas, o que vai acontecer quando a IA colocar as informações de um CID para serem confrontadas com as características de uma vaga?

A história da pessoa será desconsiderada. As possibilidades que ela traz de contorno das dificuldades e ideias que ela pode ter para tornar aquele ambiente mais um inclusivo também serão. A inclusão de profissionais com deficiência é um processo extremamente humano. É altamente dependente de criatividade, empatia e escuta ativa.

A inteligência artificial e o algoritmo podem te ajudar a selecionar currículos de uma maneira mais ágil e sim, mas assertiva. A rotina de profissionais de atração e seleção é muito desafiadora e essas plataformas trazem uma velocidade muito bem-vinda, sem dúvidas.

A Bigland.co teve contato com muitos profissionais de recrutamento. Somos parceiros em muitos processos ainda em andamentos e oferecemos soluções para atração e inclusão de profissionais com deficiência no Brasil todo. Estamos atentos às tendências e inovações tecnológicas nessa frente. Jamais deixe a tecnologia substituir a sua experiência, conhecimento, técnica e até, instinto.

Visite o nosso site e conheça nossas ações em atração e seleção inclusiva e saiba como conduzir a inclusão na sua organização com tecnologia e soluções humanas.

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